Novas regras exigem prevenção dos riscos psicossociais nas empresas
Em cerca de um mês, mais precisamente dia 26 de maio, começam a valer as novas regras da NR-1 relativas à avaliação da existência de riscos psicossociais no ambiente de trabalho e à adoção de medidas para preveni-los.
A prática passa a integrar o gerenciamento de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) e exige que as empresas atuem preventivamente para evitar jornadas e metas excessivas, falta de autonomia e condições precárias de trabalho. Outras situações ligadas ao ambiente laboral, como assédio, conflitos interpessoais, liderança deficiente e problemas de comunicação também contribuem para o desenvolvimento de quadros de estresse, ansiedade, depressão e burnout nos trabalhadores e devem ser combatidas.
Segundo dados do Ministério da Previdência Social, no ano passado, mais de 440 mil empregados foram afastados do trabalho devido a problemas de saúde mental, um aumento de 67% em relação a 2023.
Esses transtornos têm impactos diretos na produtividade das empresas, pois causam perda de motivação e faltas. Além disso, a rotatividade elevada e os afastamentos mais prolongados vão demandar contratação e integração de novos colaboradores que, se mantidas as condições de trabalho, também vão se desligar ou adoecer, num círculo vicioso. Nesse cenário, as multas por não cumprimento da norma são o menor prejuízo.
O planejamento da fiscalização será baseado, sobretudo, em empresas com alto índice de adoecimento mental e nas denúncias feitas ao Ministério do Trabalho e Emprego.